O Ibovespa iniciou decaindo, impactado pelos negativos futuros em Wall Street. Entretanto, logo em seguida, foi se recuperando e chegou a operar levemente em campo negativo uma parte da tarde.
Todavia, como o Dow Jones e os demais índices das bolsas de Nova York seguiam declinantes em campo negativo, influenciadas pelo dado de vendas a varejo abaixo das expectativas, o índice doméstico tornou a sucumbir nas duas horas finais de negócios, com fortes quedas das ações da Vale.
No índice, os setores com mais fracas performances foram Siderurgia/Mineração; Petróleo/Petroquímico; Construção Aérea; e Consumo. Destaques individuais negativos ponderados para: VALE5 (R$18,40 -7,77%; giro de R$703 milhões); VALE3 (R$20,7; -8,04%; giro de R$229 milhões); PETR4 (R$8,74; - 2,89%; giro de R$462 milhões); PETR3 (R$8,5; -3,74%; giro de R$150 milhões); EMBR3 (R$21,4; -5,39%; giro de R$102 milhões); BBSE3 (R$28,45; -2,8%; giro de R$183 milhões); PCAR4 (R$89,94; -3,50; giro de R$77 milhões); GGBR4 (R$8,7; - 4,4%; giro de R$96 milhões); BRKM5 (R$14,87; -6,01%; giro de R$26 milhões); e BRAP4 (R$13,33; -7,49%; giro R$40 milhões).
O índice doméstico fechou aos 47.645 pts (-0,82%), acumulando -4,72% no mês e -4,14% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$6,40 bilhões (R$6,18 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$5,46 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira teve entrada de capital externo de R$13,781 milhões no dia 12, acumulando R$745,035 milhões em janeiro (+R$2,22 bi em dezembro; +R$1,68 bi em novembro; -R$0,97 bi em outubro; +R$4,23 bi em setembro; +R$1,92 bi em agosto; +R$3,48 bi em julho; +R$1,37 bi em junho; +R$5,32 bi em maio; e +R$1,936 bi em abril).
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,6200 (-0,49%), acumulando -1,32% no mês e +11,21% em 12 meses.
O Banco Central informou que o fluxo cambial está negativo no ano em R$2,405 bilhões em janeiro, até o dia 9 (-US$9,287 bilhões em 2014; -US$12,261 bilhões em 2013 e +US$ 16,7 bilhões em 2012), com o segmento financeiro com saída de US$2,325 bilhões e a conta comercial com déficit de US$80 milhões. Nos juros futuros (DI), as taxas registraram pequenas baixas, derrubando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros.
Indicadores.
No Brasil, as vendas a varejo tiveram alta de 0,9% em novembro, versus 1,3% em outubro (revisto de +1,0%) - consenso em -0,2%. Já em relação a novembro de 2013, o indicador avançou 1,0%, ante +2,2% em outubro-14 / outubro-13 - consenso de mercado em -0,4%. As vendas passaram a acumular +2,4% no ano e +2,6% em 12 meses.
As vendas ampliadas do comércio varejista, que inclui veículos e material de construção, aumentaram 1,2% em novembro, contra 1,9% em outubro - consenso em +1,2%. Já em comparação com novembro de 2013, o indicador variou -2,7%, frente a -2,3% em outubro-14 / outubro-13 – consenso em -4,1%.
Nos EUA, as vendas a varejo recuaram 0,9% em novembro, ante +0,4% em outubro – consenso em -0,1%. Já excluindo automóveis e gasolina, o indicador variou -0,4%, versus +0,65 em outubro – consenso em +0,4%.
Agenda da semana.
No Brasil, vendas a varejo (14), IGP-10 / FGV, atividade econômica (15) e utilização da capacidade instalada/CNI (16); nos EUA, vendas a varejo, estoques de empresas e livro bege (14), PPI e dados de seguro-desemprego (15) e CPI e produção industrial (16); na Alemanha, PIB 2014 (15) e CPI (16); e zona do euro, produção industrial (14) e CPI (16).
Confira no anexo o relatório na íntegra, de responsabilidade de NATANIEL CEZMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.
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